Por: Marcelo José, colaborador
Fotos: Luciana Torreão
“Salamaleque” é uma palavra de origem árabe, oriunda da expressão “as-salaamu aleikum” e significa “que a paz esteja contigo”. Também pode exprimir “negócio vantajoso”, “congratulação” ou “exagero”. E foi assim que me senti – na plenitude desta palavra – no sábado passado (08/07), no Restaurante Maison do Bomfim, em Olinda. Fui congratulado com um convite para participar do “Salamaleque no Maison”: um projeto dos chefs Hissa Hazin e Jeff Collas que visa, uma vez por mês, aos sábados, garantir aos amantes da gastronomia a oportunidade de degustar o exagero de delícias da culinária árabe.
E que negócio vantajoso! O menu é fechado e, logo de cara, fomos convidados a saborear, nada mais, nada menos, cinco (!) das mais conhecidas e deliciosas receitas árabes: 1°- um trio de kibe frito (bolinho de carne moída – foto no destaque);
2°- os charutos, de folhas de repolho e de uva (parreira), recheados com arroz e carne bovina ou cordeiro (mas, também pode ser de porco e presunto) moídos com especiarias;
3°- homus: pasta de grão-de-bico e pasta de gergelim (tahine), acompanhadas por pão pita;
4°- tabule: salada feita de triguilho (trigo para kibe), tomate, cebola, salsa, hortelã e outras ervas, com suco de limão, pimenta e vários temperos;
5°- falafel (bolinhos fritos de grão-de-bico moídos, misturados com vários condimentos).
A balbúrdia durou toda a tarde! Depois das entradas, prazerosamente lembradas acima, lá pelas 14:30h, fomos convidados a encarar o protagonista deste salamaleque de sabores: o “carneiro cheio”, como é conhecido entre os árabes o cordeiro recheado com arroz, nozes e castanhas, dentre outras frutas secas. Esta é uma receita tradicionalíssima da culinária árabe: os acompanhamentos são colocados dentro da barriga do cordeiro, que é cozido por inteiro, envolto em papel alumínio para a carne e o recheio permanecerem extremamente macios.
Como se não bastasse, foi servida como sobremesa a “baclawa” (ou “baklava”): um mil folhas recheado com doce de leite e nozes trituradas. Às 16:30h., quem estava “cheio”, totalmente satisfeito, era eu!
Na verdade, estes e outros pratos eram servidos no então Restaurante Salamaleque, do chef Hissa Hazin, que esteve em atividade no Recife no período de setembro/2004 a agosto/2006. A pedidos (e que não foram poucos), o chef Hazin sentiu-se encorajado a voltar a pôr a “mão na massa” (ou, literalmente, no cordeiro) e pôde novamente nos presentear com as receitas da milenária cultura árabe, graças à parceria mantida com o chef Collas, do Restaurante Maison do Bomfim. E, por apenas R$ 75,00, todos nós podemos reviver esta gratificante experiência.
Um adendo idiossincrático: tive a honra de conhecer o Restaurante Salamaleque em 2006 e, 11 anos depois, agradeço aos chefs Hissa Hazin e Jeff Collas e à blogueira do @verbocomer Luciana Torreão pela oportunidade em voltar a me deleitar com o “carneiro cheio”. E, se eu fosse vocês, me programaria o mais rápido possível para desfrutar da experiência do “Salamaleque no Maison”. Na semana passada a casa estava cheia e todas as mesas reservadas. O próximo está agendado para o dia 12/08. Reservas podem ser feitas no telefone (81) 3439.2721.
Um salamaleque de sabores para todos!!!
Serviço:
Salamaleque no Maison do Bonfim
Sempre acontece um sábado por mes, reservas devem ser feitas com antecedência. O próximo acontece dia 12 de agosto.
Endereço: Rua do Bomfin, 115 – Carmo – Olinda – PE
Fone: (81) 3439.2721
Obrigada por postar, gostei muito do conteúdo, inclusive
voltarei ao site mais vezes. 🙂
Massa, Angélica, obrigada!